15 fatos sobre a Floresta Amazônica

Aprenda tudo o que você precisa saber sobre a Floresta Amazônica antes de visitar esse lugar incrível.

Lindo, enorme, cheio de coisas diferentes e sempre no centro das conversas internacionais sobre o meio ambiente, a Floresta Amazônica é, sem dúvida, um dos lugares mais incríveis do planeta.

Essas qualidades fazem dela o melhor lugar para quem curte aventura e natureza.

No primeiro semestre de 2024, 16.300 estrangeiros visitaram só o estado brasileiro do Amazonas, o que representa um crescimento de 20% em relação ao mesmo período de 2023, segundo o Ministério do Turismo do Brasil (Embratur).

Para dar uma ideia do que te espera e ajudar você a conhecer os meandros desse ecossistema incrível, confira abaixo 15 curiosidades sobre a Amazônia brasileira!

1 – A maior floresta tropical do mundo

Já pensou qual é o tamanho da Amazônia? Com uma área de 6,74 milhões de km², ela se estende por oito países diferentes na América do Sul: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Venezuela e Suriname. Não é à toa que é a maior floresta tropical do planeta.

Para se ter uma ideia do tamanho, a Amazônia tem quase o tamanho da Austrália (7.692.024 km²) ou o dobro do tamanho da Índia (3.287.590 km²)!

2 – Maior parte da Amazônia

60% da Amazônia – cerca de 4,2 milhões de km² – fica no Brasil, dividida entre os estados de Amazonas, Amapá, Acre, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão.

A maior parte fica no Amazonas (1.285.216 km²), seguido pelo Pará (947.303 km²) e Mato Grosso (423.967 km²).

3 – Os números impressionantes do rio Amazonas

Algumas das coisas mais legais sobre a Amazônia no Brasil têm a ver com o rio Amazonas. Até 2008, o rio Nilo, na África, era o mais longo do mundo, com 6.650 km. Mas imagens de satélite feitas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) – que faz parte do Ministério da Ciência – mostraram que esse título é do rio Amazonas, com seus impressionantes 6.992 km.

A nascente do rio fica na Cordilheira dos Andes, no Peru, enquanto sua foz está localizada na Ilha do Marajó, no Pará, onde deságua no Oceano Atlântico. Esse longo percurso tem mais de 1.000 afluentes ao longo do Brasil, Colômbia e Peru, e representa 20% de toda a água doce continental do planeta.

É também a maior bacia hidrográfica do mundo, com uma área de 7.000.000 m². O rio é a principal fonte de água para milhares de espécies diferentes de animais e milhões de plantas, contribuindo para a manutenção do clima da região.

As pessoas também se beneficiam dessa riqueza. As comunidades ribeirinhas e indígenas usam essas águas para suas necessidades do dia a dia, mas o rio Amazonas também é importante para atividades como pesca, agricultura, pecuária e atrações turísticas, como cruzeiros fluviais.

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4 – Comunidades indígenas

No total, o Brasil tem 1,7 milhão de indígenas, sendo que metade deles mora na Amazônia. São mais de 180 comunidades indígenas ocupando uma área de 1.110.000 km² na floresta, principalmente nos estados de Mato Grosso, Maranhão, Amazonas e Roraima. Os Yanomami são o maior grupo, com 27.152 pessoas, seguidos pelos Raposa Serra do Sol (26.176) e Évare I (20.177).

As comunidades indígenas viviam no Brasil muito antes da chegada dos portugueses em 1500. Proteger suas terras e apoiar suas causas são formas de preservar sua cultura e a própria essência do país, ao mesmo tempo em que cuidam da biodiversidade amazônica.

Embora existam alguns grupos isolados, a maioria das comunidades indígenas recebe bem os visitantes para ensinar sobre suas tradições e conscientizar sobre a importância da Floresta Amazônica.

5 – Vida selvagem única

O Instituto Sociopopulacional e Natural (ISPN) do Brasil diz que a fauna da Amazônia ainda não foi totalmente documentada. Embora os pesquisadores tenham certeza de que ainda há muito a ser descoberto, cerca de 30 milhões de espécies já foram oficialmente catalogadas até o momento.

No Brasil, tem 311 tipos de mamíferos, 1.300 pássaros, 232 anfíbios, 273 répteis e 1.800 peixes. Alguns animais são considerados símbolos da Floresta Amazônica, como botos cor-de-rosa, tamanduás-bandeira, ariranhas, macacos-aranha, piranhas e anacondas.

Outras criaturinhas têm um papel importante no equilíbrio do ecossistema amazônico. A gente estima que mais de 2,5 milhões de espécies de insetos vivem na floresta, incluindo a maior coleção de espécies de borboletas do mundo – pelo menos 133 só no Brasil, segundo o Amazonian Butterflies, um projeto do Museu Estadual de História Natural de Karlsruhe, na Alemanha.

6 – Flora super rica

A organização sem fins lucrativos World-Transforming Technologies (WTT), junto com a Agência Bori, registrou mais de 1.070 artigos científicos sobre plantas da Amazônia publicados entre 2017 e 2021. A operação conseguiu mostrar que a Floresta Amazônica no Brasil tem até 40.000 espécies – e provavelmente tem mais pra serem catalogadas.

Os pesquisadores também estimam que 2.500 tipos de árvores crescem na floresta, o que representa um terço de todas as árvores tropicais da Terra. Algumas delas são conhecidas no mundo todo, pois seus frutos são usados em comidas gostosas e até em cosméticos, como açaí, castanha-do-pará, buriti e tucumã.

7– Experiências Culturais

Uma das coisas mais incríveis sobre a Amazônia no Brasil é como a cultura nessa região é diversa. Além dos povos indígenas, a floresta tropical tem comunidades ribeirinhas – a maioria composta por caboclos (pessoas não indígenas que nasceram na Amazônia) e quilombolas (descendentes de africanos escravizados que fugiram das fazendas de cana-de-açúcar para criar suas próprias comunidades entre os séculos XVI e XIX).

Esse multiculturalismo oferece experiências incríveis para muitos viajantes, que são bem recebidos pelos moradores locais para interagir com suas famílias e aprender sobre suas crenças, hábitos alimentares, artesanato e relação próxima com a natureza.

8 – Ponto alto do ecoturismo

A Amazônia brasileira tem opções inesquecíveis de ecoturismo, como trilhas na selva, passeios de canoa por florestas alagadas, observação da vida selvagem e muito mais.

Além do governo estar empenhado em criar políticas para promover viagens sustentáveis, as pousadas na selva amazônica têm seus próprios protocolos para garantir a conservação da floresta sem comprometer os roteiros e a experiência dos hóspedes.

Coleta de água da chuva, uso de energia solar/eólica, reciclagem e limitar o número de pessoas por passeio são só algumas dessas soluções.

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9– Encontro das Águas

O Encontro das Águas é um fenômeno incrível onde as águas do Rio Negro e do Rio Solimões – pretas e marrons, respectivamente – correm lado a lado, mas nunca se misturam. Esse cenário é um verdadeiro espetáculo para os olhos, mas como isso acontece?

Tem três motivos pra isso:

• Velocidade das correntes: enquanto o Rio Negro corre a 2 km/h, o Solimões é mais rápido, com uma velocidade de 4 a 6 km/h.
• Temperatura: o Rio Negro é bem quente, com uma temperatura média de 28º C. Já o Rio Solimões é bem mais frio, com 22º C.
• Acidez: por causa da quantidade de ácidos orgânicos no Rio Negro, o pH do rio varia de 3,8 a 4,9, enquanto o do Solimões fica entre 4,5 e 7,8.

10 – Chuva na Amazônia

No geral, chove entre 1.500 mm e 3.000 mm por ano no território amazônico. O volume é tão alto porque a bacia amazônica é enorme, então é normal que a chuva siga a mesma lógica.

Vindo do Atlântico, o vento sopra em direção ao continente, trazendo umidade para a floresta.

No começo, o solo e a vegetação absorvem a água. Depois, parte da chuva que evaporou volta pra atmosfera, o que aumenta a quantidade de chuva.

Um estudo recente da Universidade de São Paulo mostra que 25% da chuva no sul e sudeste do Brasil está diretamente ligada à Floresta Amazônica, que fica no norte. Ela também tem um impacto enorme em toda a América do Sul.

Mas esse sistema natural tá em risco. O desmatamento, os incêndios florestais e as mudanças climáticas têm afetado muito as chuvas na Amazônia. O nível baixo da água é o maior problema, prejudicando o bem-estar dos animais, das plantas e das pessoas que dependem dos rios pra sobreviver.

11– Incêndios florestais e desmatamento na Amazônia

O desmatamento é uma coisa terrível para a Amazônia, mas os incêndios florestais já mostraram que causam ainda mais perdas. De janeiro a outubro de 2024, os incêndios destruíram 67.000 km² de áreas naturais, enquanto o desmatamento afetou 6.300 km² entre julho de 2023 e agosto de 2024. Essas informações foram divulgadas na COP29 (29ª Conferência das Partes da UNFCCC) pelo Instituto de Pesquisa Ambientais da Amazônia (IPAM).

É um efeito dominó. O desmatamento na Amazônia significa mudanças climáticas, o que prejudica as chuvas. A falta de umidade e as altas temperaturas deixam o solo seco o suficiente para que o fogo se espalhe sem dificuldade.

As ações humanas estão no centro dessa questão. Incêndios naturais são muito raros na Amazônia, mesmo durante as estações secas. O que causa esses incêndios enormes são as pessoas, seja com intenções criminosas (para desmatar) ou acidentalmente (acendendo um cigarro/fósforo ou derramando materiais inflamáveis no solo).

Políticas de prevenção de incêndios, vigilância constante e leis focadas em minimizar e reverter os danos ao meio ambiente são as melhores maneiras de resolver esses problemas.

👉 Leia mais: Ecoturismo na Floresta Amazônica: Uma Solução para o Desmatamento

12– Arquipélago de Anavilhanas

Mas nem tudo está perdido. Os parques nacionais do Brasil são super importantes pra cuidar da floresta. Anavilhanas é um deles. Com uma área total de 350 mil hectares, protege 400 ilhas no Rio Negro, o que faz dele o segundo maior arquipélago fluvial do mundo. O primeiro é Mariuá, também no Amazonas.

De setembro a fevereiro, durante a estação seca, muitas praias fluviais aparecem no horizonte do parque. Orla, Aracari, Bararoá e Camaleão são algumas das mais famosas.

O Anavilhanas Jungle Lodge, uma das melhores opções de hospedagem da Floresta Amazônica, oferece experiências cinco estrelas no meio da floresta, permitindo que os hóspedes mergulhem fundo na natureza sem abrir mão do conforto e luxo.

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13 – Árvores de Sumaúma

Aqui vai mais uma curiosidade sobre a Amazônia brasileira: a floresta tropical tem uma árvore que pode chegar a 45 metros de altura! Estamos falando da icônica sumaúma (ou árvore da suma-lê-lê).

As sumaúmas mais antigas do país estão na Floresta Nacional do Tapajós, em Alto do Chão, no Pará. A mais antiga tem cerca de 900 a 1.000 anos! Essa árvore é conhecida como a Rainha da Amazônia ou vovózona (avó grande). Apropriado, né?

Essa árvore de sumaúma é tão grande que são necessários vinte e seis adultos para abraçar seu tronco, além de ser capaz de liberar milhares de litros de água no ar todos os dias.

14 – Sequestro de carbono

O processo de capturar e guardar o dióxido de carbono (CO2) da atmosfera é chamado de sequestro de carbono. Esse gás de efeito estufa é muito ruim para o meio ambiente, então absorvê-lo ajuda a evitar as mudanças climáticas.

Através de dados de satélite, a organização sem fins lucrativos Amazon Conservation descobriu que as árvores da Amazônia retiveram 56,8 bilhões de toneladas métricas de CO2 acima do solo em 2022. Do ponto de vista científico, o termo “pulmões da Terra” não é muito preciso, mas resume bem a importância da floresta tropical para o ecossistema do planeta.

15 – Manaus, porta de entrada para a Amazônia no Brasil

Por fim, nosso último fato sobre a Amazônia no Brasil é que Manaus, a capital do Amazonas, é o principal centro de ecoturismo da região Norte e o melhor ponto de partida para explorar a floresta tropical.

É por isso que muitos viajantes escolhem voar para Manaus, no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, para aproveitar ao máximo seus passeios pela Amazônia.

👉 Leia mais: Guia de viagem de Manaus: o que fazer, onde ficar e comer

Vem conhecer a Amazônia brasileira com a gente!

A gente aposta que essas 15 curiosidades sobre a Amazônia brasileira deixaram você com vontade de ver toda essa grandiosidade de perto! Para sua sorte, o PlanetaEXO tem tudo que você precisa para ajudar no planejamento das suas próximas férias.

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